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sábado, 24 de agosto de 2013

O equalizador na Mixagem



O equalizador na Mixagem
Acredito que o equalizador seja junto com o compressor as duas ferramentas mais importantes em uma mixagem, eu vou tentar falar um pouco nesse post sobre o equalizador e posteriormente eu falo sobre compressor em outro post.
Primeiramente eu quero deixar minha opinião: Eu acho que se um instrumento ou uma voz foi bem captado e bem gravado, vai precisar pouco ou quase nada de equalização. Às vezes se o áudio foi bem captado e bem gravado, você pode acabar estragando o que já está bom. E outra coisa é a importância de não se mixar os instrumentos separadamente, isso porque isoladamente o som de um instrumento pode até ficar bom, mas quando se junta os outros instrumento geralmente não soa legal, então o ideal é mixar tendo uma visão geral da música, e não uma visão isolada de cada instrumento.
Bom, mas o que é exatamente equalizar? Muita gente trabalha principalmente acentuando algumas frequências, eu na maioria das vezes prefiro atenuar as freqüências indesejadas, com isso eu tiro as freqüências indesejadas e já acentuo as outras frequências.
Mas quais freqüências cortar ou atenuar e quais eu devo acentuar?
Eu começo cortando as frequências abaixo de 40hz e acima 15khz, isso porque o nenhum instrumento trabalha nessas freqüências, tudo que foi captado abaixo de 40hz e acima de 15khz é sujeira, para isso eu uso o filtro High Pass, ou low cut, que é a mesma coisa. Bom na verdade os pratos, o chimbal e algumas vozes tem harmônicos  acima de 15khz, mas nos outros instrumentos eu corto tudo acima de 15khz.
Obs.: high pass = deixar passar as altas frequências e low cut = cortar as baixas freqüências, então low cut e high pass significam a mesma coisa, da mesma forma que high cut e low pass  também significam a mesma coisa. Ou seja, se você ouvir ou ler que se deve fazer low cut em 40hz significa corta as frequências abaixao de 40hz, e fazer high pass em 40hz significa deixar passas as frequências acima de 40hz,  o que dá no mesmo. A diferença está só na nomenclatura, em alguns softwares você vai ver low cut e high cut e em outros você vai ver low pass e high pass.
Bom, voltando ao assunto, o baixo e o bumbo trabalham na mesa faixa de frequência, entre 50hz 100hz, tirando esses dois instrumentos, na maioria você pode cortar abaixo de 100hz.
A parte da limpeza está pronta, agora é que a coisa fica séria. Agora precisamos encontrar as frequências indesejadas em cada instrumento. Como fazer isso?
Eu, ajusto o equalizador com um “Q” bem estreito aumento a frequência perto de 8 db e começo a varrer ao redor dela.
Obs.; “Q” significa a área de frequência em que o equalizador vai atuar, quanto mais estreito o “Q”, menos frequências vizinhas às que você selecionou serão afetadas.
Dessa forma eu encontro a frequência que está me incomodando. Aí é só inverter a situação, ou seja, diminuir o ganho que era de 8db para -8 db, isso atenua a frequência que incomoda, se for o caso, você pode reduzir o ganho totalmente para eliminar de vez essa frequência.
Era isso. Abs!

Volume Ideal para Gravação



Volume Ideal para Gravação

Esse é tema mito discutido e com várias opiniões contrárias, vou deixar aqui o meu ponto de vista e tentar explicar o pouco que sei sobre o assunto.
Bom, primeiro vamos ver o que muda em uma gravação com volume alto e uma com volume baixo:
O Volume baixo: Gravar com o volume muito baixo pode ser um problema sério, isto porque a diferença entre o sinal e ruído será pouca, e quando você aumentar o áudio, aumenta o ruído junto. Por outro lado gravar com volume baixo evita que o volume estoure, ou sature.
Volume alto: Gravar com o volume alto reduz o problema com os ruídos indesejados, já que o sinal e o ruído tem uma boa diferença. O problema de gravar muito alto é o som clipar, ou saturar.
E aí, como gravar então, volume alto ou volume baixo?
Eu tento fazer o seguinte: Deixar o volume o mais alto possível, sem que o sinal chegue a 0db, isso para não clipar. E eu acho necessário também deixar uma margem para o músico caso ele apresente uma dinâmica mais agressiva em alguns momentos da música, eu costumo deixar uma margem de 6db, assim o músico fica à vontade.
Usando um compressor externo, esse problema de dinâmica é amenizado, já que ele atenua os picos.
Abs!

Como escolher um microfone para o meu home studio?



Tipos de microfone
Essa é uma pergunta frequente para quem está montando ou pretendendo montar um home Studio. A resposta não é tão simples, primeiro é preciso saber onde e como o microfone será usado, e o que será captado por ele. Portanto para  indicar um microfone é preciso saber como ele será utilizado, se é para gravar voz, bumbo, pratos ou guitarra, etc. Temos dois tipos de microfones, os condensadores e dinâmicos.
Microfone condensadores:
Os microfones condensadores conseguem o sinal de maneira mais clara e uniforme. Como sua membrana de diafragma é mais fina eles respondem mais facilmente as altas frequências, enquanto seu próprio formato resguarda também as mais baixas.
Os condensadores necessitam do phantom power,  uma tensão de alimentação contínua, diferente dos dinâmicos, quem mandam sinal elétrico através de bobina. O resultado do som é mais limpo e com uma riqueza de detalhes maior do que os outros.
É indicado para locais onde existe isolamento acústico, ou seja, onde o barulho externo não entra na sala, e é claro que não deve existir nenhum barulho interno, pois eles são muito sensíveis. Para gravar ambiência é o ideal, já que capta o sinal de todas as direções
Microfones dinâmicos:
O modelo dinâmico é o mais versátil de todos, mais resistente às pancadas, e captam menos sonoridades de fora, já que captam o som de uma direção apenas. O lado ruim é que perde qualidade, se comparando ao microfone condensador, já que não captar toda a sensibilidade. Por outro lado, pode ser usado em uma sala sem isolamento acústico, pois é menos sensível que o condensador
Servem para todos os tipos de gravação, estúdio ou ao vivo. Eles não precisam de fontes ou alimentações externas.
Ou seja, não existe essa de condensador é melhor ou dinâmico é melhor, cada tem suas funções específicas. O importante é respeitar a diferença entre eles e aproveitar as características da melhor maneira possível.
Um dos microfones mais usados e que pode ser útil em praticamente todo tipo de gravação é o Shure SM57, um microfone dinâmico, barato e muito bom.
Esse é o microfone ideal para quem não tem isolamento acústico. Se você já tem isolamento acústico, aí, existem dezenas de marcas e modelos do tipo condensadores que você pode escolher.
Uma coisa importante antes de comprar um microfone para seu home studio, é verificar suas características, assim você vai saber se ele é bom para voz, bumbo, baixo, violão ou outro instrumento.
É isso.
Abs!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Qual mesa de som devo ecolher para meu home studio?



Mesa de som
Devido à grande quantidade de marcas e modelos, escolher o equipamento para seu home Studio é uma das tarefas mais difíceis.
A primeira coisa é saber o que vai ser gravado, para saber quantos canais você vai precisar para gravar. Com certeza a mesa que você vai precisar para gravar bateria é não é a mesma que você vai precisar para gravar somente violão e voz.
 A segunda coisa é saber se você vai usar os efeitos e eq da mesa ou se precisa dela apenas controlar volumes.
E a terceira e mais importante coisa é saber quantos canais de entrada sua placa de som possui, não adianta você ter uma mesa de 32 ou 48 canais se sua placa de som tem apenas 8 canais de entrada.
Bom isso é só o ponto de partida para saber qual a mesa escolher, vamos agora a alguns exemplos:
Vamos supor que a pessoa vai gravar no máximo 8 canais simultaneamente, e não vai fazer automação ou usar os efeitos e eq da mesa de som. Para quê uma mesa de som? Nesse caso eu acho que seria mais fácil, prático e econômico comprar uma placa de som com 8 canais? A placa de som já tem pré e volume individual para cada canal. Tem gente que possuem uma placa de som ProFire 2626 da M-Audio e usam uma mesa de som Behringer. Qual a vantagem disso?
Agora vamos supor que a pessoa faz questão de uma mesa de som, se ela deseja gravar  mais de 8 canais simultaneamente, gravar bateria por exemplo, aí ela vai precisa de uma aparelhagem com bons prés. Nesse caso, uma Allen & Heath pode ser uma ótima opção.
É isso.
Abs!

Pontos de partida para qualização


Pontos de partida para equalização

Eu acho que o ponto de partida para fazer uma equalização é conhecer as frequências, sem isso fica muito difícil equalizar um instrumento ou voz. Claro que nada substitui o ouvido humano, mas juntando isto à teoria fica mais fácil, veja na imagem as frequências fundamentais e harmônicas dos principais instrumentos:
Tabela de frequência dos instrumentos e vozes

Mas e o tal Ponto de Partida, o que é isso?
Ponto de partida é uma configuração já pronta, ou um ajuste programado, esses ajustes e configurações são conhecidos como presets. O preset não pode ser usado como uma configuração final, já a equalização vai depender de muita coisa, coisas como instrumento, microfone, sala, equipamento e softwer de gravação e etc.
Bom, esse presets são facilmente encontrados na internet e a maioria dos plugins de equalização já vem com alguns presets. Mas o ideal é você fazer os seus presets de acordo com as suas gravações, e para isso é necessário saber algumas coisas sobre as freqüências e o equilíbrio das frequências.
É interessante também evitar que os instrumentos embolem na mixagem, ou seja, se dois instrumentos trabalham na mesma freqüência, tente atenuar certa freqüência em um e acentuar no outro. Por exemplo: sabemos que o baixo e o bumbo trabalham na mesma região de freqüência, então para não embolar eu procuro acentuar as freqüências por volta de 60hz no bumbo e atenuar essa mesma frequência no baixo, e acentuo por volta de 80hz no baixo e atenuo a mesma freqüência no bumbo, o ideal é que um instrumento complete o outro.
Vamos ver então como algumas freqüências atuam na equalização:
Entre 50hz e 60hz
Pancada no bumbo.
O “Boom” no contrabaixo.
Entre 100hz e 200hz
Punch em caixa de bateria.
Acentuar muito pode deixar o som sujo.
Atenuar demais pode deixar a mix opaca.
Entre 200hz e 500hz
Geralmente, acentuando-se essa região, conseguimos corpo em guitarras, piano e vocais.
Se acentuar muito, o som pode ficar sujo.
Se atenuar demais, pode ficar magro.
Entre 500hz e 1000hz
Esta região é onde encontramos o corpo de muitos instrumentos, por isso ela é complicada para se conseguir uma boa equalização.
Se acentuar muito, pode deixar a voz nasal.
Se atenuar muito, pode deixar o som sem presença, magro.
2khz
Deixa guitarras e vocais mais agressivos, além de dar mais clareza.
Se acentuar muito, pode deixar o som irritante.
Se atenuar muito, pode deixar o som suave e sem impacto.
Entre 5khz e 10khz
Acentuando, conseguimos clareza e mais vida aos instrumentos.
Se acentuarmos muito, podemos deixar o som áspero e irritante.
Se atenuarmos muito, deixamos o som sem presença.
16 kHz
Região muito usada em pratos, para dar brilho.
Muito acentuada, pode deixar o som artificial.
Muito atenuada, deixa o som abafado.
Bom, era isso.
Abs!

Mixagem de bumbo nas minhas mix


Mixagem de bumbo
Geralmente as mixagens começam pelo bumbo.
Para quem não sabe, a frequência principal do bumbo está por volta de 60hz e a dos harmônicos, por volta de 4khz. Eu digo por volta, pois depende do instrumento que foi tocado e do equipamento que de gravação usado. É fundamental saber as frequências de cada instrumento para fazer uma mixagem: O grave fica perto de 60hz, é o ataque, perto de 4khz.
As frequências variam de acordo com o tamanho do bumbo, microfone, ambiente de gravação, cabos, pesa de som. Softwer de gravação e etc. Mas  um bumbo bem captado geralmente tem essas características.
O grande problema é deixar o bumbo em sintonia com o contrabaixo, já que os dois atuam na mesa região de frequência. Uma das funções da mixagem é exatamente separar as freqüências e no caso de bumbo e baixo é fundamental, senão o bumbo embola com o baixo. Geralmente eu deixo a freqüência principal do bumbo em 60hz e a do contrabaixo e 80hz ou 100hz, dependendo da necessidade e do tipo de música.
É claro que o baixo tem que ter essa frequência de 60Hz, pois é aí que está seu corpo, então eu não vou cortar tudo abaixo de 80hz por exemplo, o que eu procuro fazer é atenuar as freqüências por volta de 60hz e acentuar por volta de 80hz, 90hz ou 100hz dependendo da musica. E no bumbo eu faço o contrário do baixo, acentuo 60hz a atenuo 80hz a 100hz.
Outra coisa importante na mixagem é o vazamento das altas no bumbo. Eu geralmente corto acima de 8khz, para não embolar com o som do chimbal, que trabalha nessa região de freqência. Geralmente coloco um compressor para dar mais presença no bumbo, mas isso depende se eu quero mais presença ou não.
Os parâmetros que uso como ponto de partida para mixar são esse:
Equalização:
+3dB em 60Hz
-3dB em 80Hz
-5dB em 290Hz
+4dB em 4kHz
Low cut/High pass em 30hz
High cut/low pass em 8khz
Compressão:
Ratio: 4:1
Attack: 4ms
Release: 250ms
Threshold: Não reduzir mais que 8db.
Como todos sabemos, não existe receita de bolo, então isso é só um ponto de partida.
Abs!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

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Como eu mixo minha voz (estilo Rock)

Mixagem voz Rock
Bom, vou falar um pouco sobre como mixo a voz, no meu caso o estilo é rock.
Vou tentar passar as técnicas que uso para mixar a voz e deixá-la na frente na mixagem, já que quase sempre a voz é a estrela da música.
Primeiramente eu quero deixar claro que isso é só um ponto de partida, mixagem não é uma ciência exata, é uma arte, e depende de muita coisa, assim como compor uma música não tem uma receita, a mixagem também não. E além disso depende de como, onde e com quais equipamentos foi feita a gravação, e principalmente do tipo e tom voz.


Compressor/ dinâmica
O attack geralmente eu deixo não muito rápido, algo perto de 20ms;
O release eu deixo entre 70 a 80ms
O ratio, 5:1.
O threshold  eu ajusto para reduzir ao máximo: -8db.

Equalizador
Já no equalizador, depende de como foi gravada a voz, mas para o meu estilo que é rock, eu procuro trabalhar bem as frequências perto de 3KHz. Geralmente eu Tento iniciar com +3db em 3khz.
Eu geralmente uso o High pass filter e low pass filter para eliminar as frequências indesejadas. E às vezes eu uso o equalizador apenas também para atenuar as frequências que não estão legal mas que não podem ser eliminadas da música.

Efeitos
Quanto aos efeitos, é muito pessoal, mas eu uso um delay stereo: No L, deixo 200ms, e no R, 150ms.
O feedback, eu deixo por volta de 12%. Esse efeito é não pode ser abusado, ele serve mais para dar uma temperada na mix da voz.
Como eu usei o delay, geralmente não uso o reverb, mas às vezes uso um reverb curto, tipo.
Bom gente, lembrando que isso é como eu faço, até pode ser usado como ponto de partida, mas jamais como uma verdade absoluta.
Abs!